LGPD no varejo: os principais impactos da legislação nos pontos de venda

Entenda como a LGPD no varejo impacta o dia a dia dos negócios e quais são os pontos de atenção para a sua estratégia de marketing.


Manter os dados de seus clientes seguros e atualizados é primordial para cumprir as questões da LGPD no varejo. Principalmente se a sua organização utiliza do marketing orientado a dados para impulsionar a performance dos pontos de venda. 

De acordo com a pesquisa da consultoria ICTS Proviti, 84% das empresas brasileiras ainda não estão preparadas para a LGPD. Além disso, Ricardo Soares, criador do portal Minha LGPD, ressalta que para ele, o ecossistema do varejo ainda não percebeu o papel fundamental que possui na proteção de dados dos seus clientes.

O cenário preocupa, mas estamos aqui para ajudar. Se você tem dúvidas de como atender à lei sem prejudicar suas estratégias online e offline, continue acompanhando o artigo para entender como a legislação se aplica no dia a dia do varejo, e como utilizá-la a favor do seu negócio.

O que é a LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados, ou LGPD, é um documento criado para proteger os direitos de liberdade e privacidade no tratamento de dados pessoais, tanto para os canais digitais quanto para os físicos.

Com essa lei, as pessoas possuem maior controle sobre como seus dados são tratados: seja na coleta, no armazenamento, compartilhamento, finalidade ou descarte dos mesmos.

Para entender os impactos que a LGPD tem no varejo, um dos principais conceitos a serem entendidos por profissionais da área de marketing é o de dados pessoais – informações que podem identificar, direta ou indiretamente, uma pessoa física. 

Na prática, dados pessoais podem ser:

  • Nome;
  • RG e CPF;
  • Interesses e gostos;
  • Data e local de nascimento;
  • Telefone ou celular;
  • Endereço residencial;
  • Localização;
  • E foto de perfil, por exemplo.

No contexto da LGPD, dados e informações são a mesma coisa, e aparecem em formato de texto, número, imagem ou som. Saiba mais sobre os conceitos centrais da LGPD.

Principais impactos da LGPD no varejo

Veja quais são os principais impactos da LGPD no varejo | Imagem: Unsplash

Para os profissionais de marketing, ter pouco ou nenhum dado sobre seu cliente é uma perda considerável de vantagem competitiva no mercado. 

Contudo, é provável que todas as empresas do setor varejista tenham pelo menos algum dado pessoal de seus clientes, mesmo que seja uma ficha cadastral ou uma imagem da câmera de segurança da loja.

Por isso, saber como a LGPD afeta seu dia a dia vai prevenir dores de cabeça futuras, como processos por danos morais ou outras burocracias. Veja a seguir como os princípios da LGPD impactam o dia a dia da sua loja:

Consentimento

Se você deseja coletar e processar dados pessoais de seu cliente para orientar suas estratégias de marketing, é preciso pedir o consentimento dele. No mundo digital, o indivíduo precisa dar uma ação clara e afirmativa – como marcar um “checkbox”. Já nos pontos físicos de venda, um exemplo de consentimento pode ser a assinatura de um formulário.

Acesso e controle de dados pessoais

A LGPD no varejo pede também que os clientes tenham fácil acesso aos dados que os varejistas armazenam sobre eles. É preciso documentar o motivo pelo qual os dados estão sendo coletados, por quanto tempo serão armazenados e explicar como é feita a proteção dessas informações. 

Limites na comunicação

No varejo, é comum o disparo de e-mail marketing com ofertas, cupons e outras promoções. Com a LGPD, essas comunicações precisam da permissão do cliente para serem enviadas. Ele também precisa estar ciente sobre que tipo de e-mail estará recebendo. Enviar qualquer informação sem o consentimento direto do indivíduo pode implicar em uma violação da lei.

LGPD na prática: 3 pontos para se atentar

3 pontos para se atentar com relação à prática da LGPD | Imagem: Unsplash

Além das questões citadas acima, é preciso pensar em outras práticas comuns do varejo que podem resultar em problemas com a lei. Vamos entender:

1. Parcerias e compartilhamento de dados

Antes da LGPD, era comum as parcerias entre empresas para compartilhamento de dados de clientes, com o intuito de impulsionar as prospecções ativas. No entanto, com a promulgação da lei, esse tipo de estratégia não é mais permitida sem que haja o consentimento explícito do consumidor. 

2. Relacionamento com clientes

Proporcionar um bom relacionamento com os clientes é o objetivo da LGPD, assim como também é o seu, certo? Construir confiança e lealdade com os clientes passa por tratar seus dados de forma profissional, deixando-os escolherem como querem que isso aconteça. 

Tenha isso em mente ao promover ações comerciais com base em preferências de compras ou quaisquer outras informações pessoais. Mesmo que você pense ser algo benéfico para o consumidor, é preciso consultá-lo antes.

3. Escolha de fornecedores

A responsabilidade sobre os dados do cliente também se estende aos demais stakeholders da empresa varejista. Isso porque, caso seus fornecedores não tenham uma política de LGPD bem implantada, você pode ter que responder solidariamente por um vazamento de dados por parte deles. 

Portanto, certifique-se de fazer negócios apenas com organizações que também sigam a LGPD com rigor.

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